
O ódio me corre pelo sangue, esquentando qualquer vestígio de amor que me sobrou por tudo o que amei.
Parece que ele corta as minhas veias, me fazendo chorar sangue, porém, não é sangue, é uma coisa muito mais quente.
O ódio me queima por dentro, e me faz chorar por fora.
Tudo perdeu o sentido e a direção, a dor é bem menor do que o que me queima por dentro.
Que ódio é esse, meu Deus, qe só crescecada vez mais meu peito?
As vezes, para se enterrar algo imaginário, é preciso matar, trucidar, degolar, queimar, e por dim, enterrar lá no fundo, onde nossos sentimentos não cheguem, com uma camada de concreto forte, de boa vontade, outra de pedras, de esperança, e uma maior de astalto do esquecimento.
Daí sim, o ódio some, e vem, finalmente a tão esperada paz, a paz que todos procuramos encontrar um dia.
Izabela Pavan